Da vida se criam letras
Das letras, palavras
E das palavras todo um coração
Dos corações, saem as veias
Levando o escarro vermelho
Que tanto me alimenta a paixão
Mas de tanto ver, de tanto sonhar
Já me perdi várias vezes
E, aparentemente, jamais me encontrei
Porque se te prostras a escrever
Deves sempre saber o que dizer
E eu não sabia, só relatava o que sonhei
E se isso ocorre, se esvai minha inspiração
Se prende minha respiração
E nada mais posso poetizar
E, sem nada poder fazer
Vejo meu papéis, meu mundo se desfazer
E perco a capacidade de rimar
A Fênix
Há 13 anos